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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Nova York redesenha linha do horizonte com novo World Trade Center

Ao contrário do WTC das Torres Gêmeas, a segurança é posta acima do custo e do design; infográfico mostra disposição de prédios.

Quando as Torres Gêmeas foram destruídas no 11 de Setembro, não deixaram um buraco somente ao sul da ilha de Manhattan. Elas também criaram um rombo moral na maior potência do mundo e um vazio de 110 andares no orgulho dos americanos. As torres do World Trade Center (WTC) foram um ponto turístico, presença na linha do horizonte nova-iorquino e um símbolo da riqueza capitalista da maior economia da Terra durante 30 anos. O ex-governador de Nova York George Pataki chegou a dizer que reerguer o WTC “não era apenas um capricho, mas um dever patriótico”.

Em 2003, foi aberto um concurso para escolher o projeto do novo WTC, que foi então apelidado de Freedom Tower (Torre da Liberdade). O arquiteto Daniel Libeskind apresentou o projeto vencedor, que veio a ser modificado diversas vezes pelo arquiteto contratado David M. Childs até chegar à sua versão final, em 2005.



Em maio do ano seguinte, a construção no Marco Zero (onde ficavam as Torres Gêmeas) foi iniciada. Além do prédio mais alto - o One World Trade Center -, o novo WTC será composto por mais três edifícios e terá como vizinhos uma estação de transportes, um centro de apresentações culturais e um memorial e museu para as vítimas dos ataques. (Veja infográfico acima)

Quando concluído, em 2013, o One World Trade Center será o prédio mais alto dos EUA e o terceiro do mundo, com 1.776 pés de altura (quase 542 metros) - uma homenagem ao ano em que os EUA declararam sua independência. Contando com a antena que será colocada no seu topo, ela será ligeiramente mais alto que as Torres Gêmeas.

“A linha do horizonte de Nova York será finalmente corrigida”, disse o prefeito Michael Bloomberg quando a nova torre chegou ao 50º andar, em julho. Mas, pelo lado comercial, reconstruir o complexo de prédios talvez não faça muito sentido. Em primeiro lugar, os EUA ainda estão no meio de uma profunda crise econômica e apresentam altos índices de desemprego. Em segundo, quem pagaria para se mudar para o topo de um prédio que substituirá o maior alvo terrorista de todos os tempos? Medo nunca vendeu bem, e em maio o chefe do Departamento de Polícia de Nova York, Ray Kelly, publicamente descreveu o novo WTC como “o alvo terrorista número um da nação”.

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