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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cientistas criam insetos ciborgues que geram energia própria

Uso de pequenos aparelhos eletrônicos permite que cientistas criem animais espiões controlados por controle remoto.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Michigan, liderada por Ethem Aktakka, desenvolveu um método que usa o movimento das asas de insetos como forma de produzir energia. A novidade pode ser útil no desenvolvimento de ciborgues espiões com tempo de vida muito maior do que o oferecido pelas tecnologias atuais.
A criação de robôs com dimensões minúsculas foi durante muito tempo o sonho de militares e engenheiros. Porém, dificuldades em criar um equipamento minúsculo capaz de voar e andar fez com que as pesquisas do campo passassem a considerar o uso de insetos reais, modificados com peças robóticas de forma a permitir controlá-los remotamente.

Movimentos que geram energia

Os métodos usados até o momento pelos pesquisadores envolvem baterias que garantem a alimentação dos componentes usados, o que aumenta o peso total do equipamento e limita muito a movimentação dos insetos. Tal limitação é solucionada pela tecnologia desenvolvida por Aktakka e sua equipe, que usa materiais piezoelétricos colocados nas costas de besouros para gerar energia.

Materiais piezoelétricos geram energia quando deformados ou dobrados, processo que ocorre conforme o animal bate suas asas. Os pesquisadores testaram dois protótipos com a tecnologia, um no formato de barras (que gerou 7,5 microwatts de energia) e outro construído como uma cruz, responsável por gerar entre 18 a 22,5 microwatts, suficiente para acionar aparelhos eletrônicos pequenos com características simples.
A expectativa dos pesquisadores é a de que a tecnologia pode ser aprimorada ao se estabelecer uma conexão direta entre o gerador e os músculos responsáveis pela movimentação das asas dos besouros. O uso de insetos cibernéticos pode ser usado tanto em operações que envolvem espionagem quando no monitoramento de ambientes perigosos e na detecção de explosivos ou em operações de resgates em locais remotos.

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